Autor INCTC

Imunoterapia no tratamento do câncer é tema de folhetins da Casa da Ciência do Hemocentro RP

A imunoterapia tem mostrado resultados importantes no tratamento de diferentes tipos de cânceres, com impacto positivo na qualidade de vida dos pacientes. Para abordar este tema, os pesquisadores do Hemocentro de Ribeirão Preto, pós-graduandos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e a equipe da Casa da Ciência lançaram uma nova série de folhetins. Eles já estão disponíveis e têm como títulos: “História da imunoterapia no tratamento do câncer” e “Combatendo o câncer com células T-CAR”.

Clique nos links acima para acessar o material completo, na versão online e para impressão.

Os folhetins têm como características: textos curtos, linguagem acessível e ilustrações que convidam a uma leitura rápida, sem perder a profundidade dos conceitos apresentados. O objetivo é atualizar e ampliar o conhecimento de professores e alunos, além de divulgar a importância dos estudos realizados diariamente em centros de pesquisa e nas universidades.

A Casa da Ciência iniciou as atividades em 2001, como parte do Centro de Terapia Celular (CTC-USP), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP. O projeto busca aprimorar a cultura científica nas escolas e despertar o interesse dos jovens na área de ciências por meio de discussões, experimentos e pesquisas.

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Pesquisa inovadora utiliza machine learning no diagnóstico de síndromes de falência da medula óssea

Uma parceria internacional envolvendo pesquisadores do National Institutes of Health (NIH-EUA), da USP e do CTC-USP desenvolveu um algoritmo de machine learning para orientar o diagnóstico de falência da medula óssea, com impacto em casos graves de pacientes com pancitopenia. A doença causa uma redução do número de eritrócitos, leucócitos e plaquetas no sangue e pode se manifestar com sintomas de anemia, leucopenia e trombocitopenia.

Essa importante inovação é tema de um artigo publicado no periódico “Blood”, da American Society of Hematology, a principal revista de hematologia no mundo. O trabalho contou com a colaboração do Prof. Dr. Rodrigo Calado, chefe do Departamento de Imagens Médicas, Hematologia e Oncologia Clínica da FMRP-USP, diretor presidente executivo do Hemocentro de Ribeirão Preto e pesquisador principal do CTC-USP.

O estudo “Differential diagnosis of bone marrow failure syndromes guided by machine learning”, divulgado no dia 21/12, está disponível no link: https://doi.org/10.1182/blood.2022017518.

O modelo representa um guia prático para o diagnóstico de falência da medula óssea e destaca a importância de variáveis clínicas e laboratoriais na avaliação inicial, principalmente o comprimento dos telômeros. Segundo os pesquisadores, a ferramenta pode ser potencialmente usada por hematologistas, profissionais de saúde e em centros com poucos recursos, com foco em testes genéticos ou para tratamento rápido de pacientes.

A técnica pode auxiliar na melhor decisão clínica. De acordo com os autores, o diagnóstico errado pode expor os pacientes a terapias ineficazes e caras, regimes de condicionamento de transplantes tóxicos e uso inapropriado de um membro da família como doador de Células-Tronco.

O machine learning é um método de análise de dados que automatiza a construção de modelos analíticos. É um ramo da inteligência artificial baseado na ideia de que sistemas podem aprender com dados, identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana.

Atividades de extensão apoiadas pelo CTC-USP são destaque no mês de janeiro

O Centro de Terapia Celular (CTC-USP) apoiou em janeiro duas importantes iniciativas na área de extensão: o Ciência por Elas e a II Semana da Imunoterapia. Os eventos,  promovidos de 23 a 28/01, foram focados nos estudantes do Ensino Básico.

O Ciência por Elas é voltado para as meninas e busca despertar o interesse pela carreira científica e assim alcançar um maior número de pesquisadoras no futuro. Participaram da organização o Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto da USP, onde os encontros foram realizados presencialmente, o CTC-USP, o Laboratório de Tratamento Avançado de Água e Efluentes (OXLAB) da Unicamp, o Ilha do Conhecimento e o Laboratório de Controle do Metabolismo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.

Já a II Semana da Imunoterapia é uma ação de extensão comunitária dos projetos de pesquisa desenvolvidos no Hemocentro de Ribeirão Preto, organizada em parceria com a Casa da Ciência. O curso contou com aulas online e bate-papo ao vivo com cientistas da Instituição. As atividades foram transmitidas no canal do YouTube da Casa da Ciência.

Clique aqui para ver as fotos de todas as atividades do Ciência por Elas.

Bolsas FAPESP para o setor de Administração de Materiais e Controle de Estoque

O CTC-USP, sediado no Hemocentro de Ribeirão Preto, oferece duas “Bolsas FAPESP modalidade TT-3” para o setor de Administração de Materiais e Controle de Estoque. Os interessados deverão enviar currículo, até o dia 17 de março, para o e-mail: processoseletivo@hemocentro.fmrp.usp.br.

O candidato deve ser graduado em Logística ou Administração e não ter vínculo empregatício. As bolsas terão validade de 12 meses, com carga de trabalho de 40 horas semanais.

Além do treinamento especializado de aperfeiçoamento, o bolsista terá direito, mensalmente, a uma bolsa auxílio no valor de R$ 1.412,80.

 

Participe da “II Semana da Imunoterapia” do Hemocentro RP!

A “II Semana da Imunoterapia” é uma ação de extensão comunitária dos projetos de pesquisa desenvolvidos no Hemocentro de Ribeirão Preto e será realizada de 23 a 27 de janeiro. As atividades, conduzidas em parceria com a Casa da Ciência, são destinadas a estudantes da rede pública e particular, de 14 a 18 anos, que estejam cursando entre o 9º ano do Ensino Fundamental e o 3º ano do Ensino Médio.

As inscrições vão até o dia 19 de janeiro e devem ser realizadas pelo link: https://forms.gle/5KSoGuhmia4Swinq9.

O evento será em formato de curso, com aulas online e bate-papos ao vivo com pesquisadores da área, transmitidos no canal do YouTube da Casa da Ciência.

Clique aqui para mais informações.

Pesquisador vinculado ao CTC-USP conquista prêmio internacional na área de Bioquímica

O trabalho realizado pelo aluno de doutorado John Teibo, vinculado ao CTC-USP, foi premiado pela International Union of Biochemistry and Molecular Biology. Com o “travel award”, o pesquisador vai realizar um estágio de três meses no laboratório do Prof. Dario Alessi, na Universidade de Dundee, na Escócia.

O estudo “Proteomics and Phosphoproteomic Analysis of Molecular Mechanisms and Signaling of Anti-CD19 CAR-T Cells Therapy in Leukemia and Lymphoma” é orientado pelo Prof. Dr. Vitor Faça, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica da FMRP-USP e pesquisador principal do CTC-USP.

Para saber mais sobre a pesquisa premiada, assista ao vídeo abaixo produzido pela TV Hemocentro RP. Legenda em português disponível.

Cientistas desenvolvem uma metodologia de produção eficiente para a geração de células CAR-T

Os pesquisadores do Laboratório de Transferência Gênica do Hemocentro de Ribeirão Preto e do CTC-USP estabeleceram uma metodologia de produção simplificada e rápida para a geração de células CAR-T que pode beneficiar pacientes no tratamento do câncer.

A técnica utiliza células de doadores saudáveis, o que permite a escolha das células mais potentes para combater a doença, aumenta a escala de produção e amplia a disponibilidade para quando necessário.

O Prof. Dr. Dimas Covas, coordenador do CTC-USP, diretor científico do Hemocentro RP e diretor executivo da Fundação Butantan, falou ao Jornal da Clube sobre os avanços nas pesquisas com células CAR-T voltadas ao tratamento do câncer e de como Ribeirão Preto pode se tornar um importante polo de terapias avançadas.

Assista abaixo a entrevista completa e a reportagem produzida pela TV Clube/Band.

Vacinação-modelo em Serrana reduziu mortes e casos graves de COVID mesmo com variantes

Luciana Constantino | Agência FAPESP – Pesquisa realizada em Serrana (SP), cidade-modelo de imunização contra a COVID-19 no Brasil, comprovou que a vacinação em massa reduziu as taxas de morte e casos graves da doença mesmo durante a circulação das variantes gama e delta, consideradas preocupantes pela disseminação mais rápida do que as linhagens anteriores.

Com base na análise evolutiva do SARS-CoV-2 (filogenética), os cientistas mostraram que a dinâmica de substituição do vírus na cidade foi semelhante ao restante do país. Começou com as linhagens ancestrais (B.1.1.28 e B.1.1.33) e depois passou para gama, delta (detectada na Índia em 2020 e originalmente chamada B.1.617.2) e, mais recentemente, ômicron. No entanto, em Serrana, a pesquisa revelou que a maioria dos casos para as três variantes foi leve – 88,9%, 98,1%, 99,1%, respectivamente – graças à imunização com CoronaVac (Sinovac Biotech/Instituto Butantan) que havia atingido 80% da população-alvo à época.

Os pesquisadores fizeram análises em 4.375 genomas completos obtidos entre junho de 2020 e abril de 2022, período que engloba desde a introdução inicial do SARS-CoV-2 até o processo de vacinação com pelo menos duas doses.

Por meio da vigilância genômica foi possível, além de monitorar a disseminação das principais variantes do vírus na cidade, detectar algumas raras, como a C.37, que circulou intensamente em países andinos, mas sem disseminação significativa no Brasil. Ou a variante alfa que, embora tenha sido detectada no local, não se espalhou para outras regiões. Ao todo, foram identificadas 52 sublinhagens de SARS-CoV-2 na cidade.

A pesquisa foi publicada na revista científica Viruses e é parte do Projeto S, estudo clínico inédito de efetividade da vacinação em Serrana realizado pelo Instituto Butantan com o apoio da FAPESP. Contou com a participação de pesquisadores do Butantan, do Hemocentro de Ribeirão Preto (SP) e do Centro de Terapia Celular (CTC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP ligado ao Hemocentro e ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade e São Paulo (FMRP-USP).

Clique aqui e confira a reportagem completa publicada pela Agência FAPESP.

Sistema imune de pacientes com anemia falciforme melhora após transplante de células-tronco da medula

Karina Ninni | Agência FAPESP – A anemia falciforme é uma doença genética que causa alterações nos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias) e está entre as mais prevalentes no Brasil e no mundo. Um dos tratamentos possíveis é o transplante de células-tronco hematopoiéticas – capazes de se diferenciar em todas as células do sangue – retiradas da medula óssea de um doador saudável. Apesar de o transplante ser atualmente o único tratamento curativo para a doença, pouco se sabe sobre o que acontece com o sistema imune desses pacientes após o procedimento.

Descobertas recentes sobre o tema foram divulgadas por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) na revista Clinical & Translational Immunology. O artigo tem como foco o sistema imune adaptativo (a imunidade adquirida após o contato com patógenos), particularmente os linfócitos do tipo B (envolvidos na produção de anticorpos) e T (responsáveis pela imunidade celular). Entre os autores estão cientistas do Centro de Terapia Celular (CTC) e da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP), além de colaboradores da França.

Segundo o artigo, após o reset do sistema imunológico promovido pelo transplante as células B e T se restauraram normalmente. Houve, ainda, um aumento de células B-reguladoras, que podem contribuir para melhorar a regulação imunológica e o equilíbrio da imunidade após o transplante. Também se observou aumento de um subtipo de célula B de memória conhecida como IgM+ (por apresentar a proteína IgM em sua superfície), que é importante para o enfrentamento de infecções.

“Um aspecto muito triste da doença são as diversas complicações clínicas. Uma delas é que os pacientes têm infecções recorrentes, que são a maior causa de morbidade, principalmente entre crianças. Não é raro uma criança diagnosticada com anemia falciforme pegar uma infecção e morrer [sendo o maior problema as infecções bacterianas]. Sabe-se que, além da inflamação crônica acompanhada de episódios de dor, os pacientes têm uma desregulação do sistema imunológico. Mas essa é uma questão ainda muito negligenciada na anemia falciforme”, resume Kelen Cristina Ribeiro Malmegrim, coautora do trabalho. Segundo ela, o sistema imune inato dos pacientes falciformes é bem conhecido, o que não acontece com o sistema imune adaptativo, que inclui as células T e B.

Leia a reportagem completa no site da Agência FAPESP!

Trabalho premiado em congresso apresenta metodologia eficaz para a produção de células CAR-T

A pesquisadora Sarah Caroline Gomes de Lima foi premiada com o “Melhor Trabalho de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular”, no tradicional Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (HEMO 2022).

No estudo “All-In-One Virus-Free Manufacturing Process of Allogeneic Chimeric Antigen Receptor (CAR) T Cells Using CRISPR-Cas9”, os cientistas estabeleceram uma metodologia de produção simplificada e rápida para a geração de células CAR-T, de doadores saudáveis, que pode beneficiar pacientes no tratamento do câncer.

O trabalho foi apresentado na Sessão Plenária do HEMO 2022, no dia 27/10. A reunião foi organizada pela Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) e aconteceu de 26 a 29/10, em São Paulo.

A bióloga é mestranda pelo programa de pós-graduação em Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia Celular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e integra o Laboratório de Transferência Gênica do Hemocentro de Ribeirão Preto / CTC-USP, onde é orientada pelo Dr. Lucas Eduardo Botelho de Souza.

Saiba mais sobre o projeto premiado no vídeo abaixo produzido pela TV Hemocentro RP e na reportagem do Jornal SP Record.