Autor INCTC

Springer Nature destaca avanços em transplante de células-tronco no tratamento de doenças autoimunes

Um grupo de pesquisadoras brasileiras assina um novo capítulo do livro “Thymus Transcriptome and Cell Biology”, publicado pela editora internacional Springer Nature. Lançado em março, o conteúdo explora os principais subtipos de células T e estratégias de monitoramento imunológico empregadas em estudos clínicos sobre o transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) no tratamento de doenças autoimunes.

Intitulado “T-cell Recovery After Autologous Hematopoietic Stem Cell Transplantation in Autoimmune Diseases”, o capítulo é resultado do trabalho de cientistas vinculadas ao Centro de Terapia Celular (CTC-USP) e à Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP).

O transplante ajuda a diminuir a inflamação no corpo ao “reiniciar” o sistema imunológico. Isso acontece porque ele elimina as células de defesa que estavam atacando o próprio organismo, graças a um tratamento com medicamentos que reduzem temporariamente a atividade do sistema imune. Com isso, a agressão aos tecidos afetados pela doença é interrompida rapidamente, o que leva a melhora do funcionamento de órgãos e tecidos.

A geração de um novo sistema imunológico, mais tolerante ao próprio corpo, está diretamente associada ao progresso clínico observado nos pacientes.

Assista ao vídeo, produzido pela TV Hemocentro, com os depoimentos da doutoranda Maynara Santana Gonçalves e da sua orientadora, Prof. Dr. Maria Carolina de Oliveira, que integram o programa de Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia celular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).

Clique aqui para ler o capítulo completo!

Reportagem da Folha de São Paulo destaca o trabalho científico desenvolvido no Nutera RP

🧬 Nutera RP: o futuro da terapia celular já começou no Brasil! 🇧🇷

A reportagem da jornalista Ana Bottallo, publicada no domingo (29/06) na Folha de São Paulo, traz um panorama do trabalho desenvolvido no Núcleo de Terapia Avançada – Nutera RP.

O que antes era um pequeno laboratório, hoje é o maior centro da América Latina para o desenvolvimento de terapias avançadas contra o câncer, evoluindo em estudos com as células CAR-T e CAR-NK.

Localizado em Ribeirão Preto (SP), o Nutera, vinculado à Universidade de São Paulo e ao Hemocentro de Ribeirão Preto, tornou-se referência internacional na produção em larga escala de células CAR-T para o tratamento de doenças como leucemia linfoide aguda, linfoma não Hodgkin e, futuramente, outras doenças autoimunes.

Com a expertise desenvolvida ao longo de décadas no CTC-USP, a pesquisa saiu da bancada e chegou aos testes clínicos aprovados pela ANVISA, como o Estudo Clínico CARTHEDRALL, que vai tratar 81 pacientes utilizando tecnologia 100% nacional, eficaz e mais acessível.

“É um exemplo prático do que a ciência pode trazer para a vida de cada brasileiro”, afirma o Prof. Dr. Diego Villa Clé, responsável pela iniciativa.

✅ Ciência, inovação e saúde pública caminhando juntas.

✅ Apoio de instituições como USP, Instituto Butantan, FAPESP, CNPq, Ministério da Saúde e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

✅ A única estrutura industrial desse porte na América Latina.

Clique aqui e leia a reportagem completa!

Novos alvos em terapia celular para o combate ao câncer, no II Colóquio Nutera!

Os “Novos alvos em terapia celular” foram o tema da segunda sessão de palestras do II Colóquio Nutera. Na abertura, o Prof. Dr. Keith Okamoto, do Instituto de Biociências da USP, abordou as pesquisas desenvolvidas para o combate a um grupo de tumores do sistema nervoso central, conhecidos por sua agressividade e pela escassez de estratégias terapêuticas disponíveis. Alguns exemplos são o meduloblastoma e o glioblastoma, ambos associados a baixa taxa de sobrevida dos pacientes.

O título do encontro, “Anti-GD3”, refere-se a anticorpos direcionados contra o gangliosídeo GD3, um tipo de molécula lipídica encontrada na membrana celular. Anticorpos anti-GD3 têm sido ligados a diversas condições, incluindo algumas formas da síndrome de Guillain-Barré e certos tipos de câncer.

Gangliosídeos são moléculas complexas presentes na superfície das células, especialmente nos neurônios, e desempenham papéis importantes na comunicação e sinalização celular.

À frente do Laboratório de Genômica Translacional (LGT), o Dr. Okamoto conduz pesquisas, desenvolvimentos e inovações com foco na biologia de células-tronco e câncer, incluindo estudos com células CAR-T e CAR-NK. O LGT integra o Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco da USP, colabora com diversas instituições e participa da Rede Nacional de Terapia Celular (RNTC), com o objetivo de beneficiar a sociedade por meio da ampliação de competências nas áreas de biotecnologia e medicina regenerativa.

O II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera), intitulado “Terapia Celular: realidade no combate ao câncer e perspectivas no tratamento das doenças imunes”, foi realizado no dia 14 de abril, no Hemocentro de Ribeirão Preto. O evento reuniu renomados pesquisadores que apresentaram e discutiram novas abordagens, estudos e tratamentos na área.

O rico material produzido durante o evento foi gravado na íntegra e será disponibilizado, em formato de série, no canal do YouTube do Hemocentro RP. Assista abaixo!

Brasil e França unem forças em Terapia Celular contra o linfoma óculo-cerebral

Pesquisadores do CTC-USP/Hemocentro de Ribeirão Preto e do Institut Curie, da França, vão realizar um estudo clínico para testar uma nova imunoterapia com células CAR-T em pacientes com linfoma óculo-cerebral, um tipo raro de câncer que atinge cérebro e olhos.

Essa colaboração internacional promete mais do que ciência de ponta: ela prevê a transferência de tecnologia para o Brasil, com potencial de tornar o tratamento acessível pelo SUS no futuro.

A CAR-T é uma terapia inovadora baseada em linfócitos T modificados geneticamente para atacar células tumorais. Em Ribeirão Preto, o Nutera — primeira fábrica de CAR-T da América Latina — já produz a terapia voltada ao tratamento de leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B, com custo até 3x menor que o de tratamentos importados.

O projeto é fruto de anos de pesquisa apoiada pela USP e pela FAPESP, mostrando o impacto real do investimento em ciência no Brasil! A iniciativa foi apresentada na FAPESP Week França, em Toulouse, e visa tratar até 30 pacientes na nova fase do estudo.

Saiba mais na Agência FAPESP.

Na França, USP e FAPESP apresentam a inovação das startups de São Paulo em feira de tecnologia

Informações: Adriana Cruz

A USP e a FAPESP concluíram, com sucesso, a missão internacional do ecossistema de inovação e de startups na Feira VivaTech, um dos mais importantes eventos de tecnologia da Europa, que foi realizada no período de 11 a 14 de junho, na cidade de Paris.

Esta foi a primeira vez que as duas instituições participaram do evento, que recebeu, nos quatro dias de realização, mais de 180 mil visitantes de 171 nacionalidades diferentes, com a participação de 14 mil startups. No dia da abertura, o presidente da França, Emamnuel Macron, visitou a feira e, em sua palestra, enfatizou a importância da inteligência artificial para a Europa.

Em um estande de 100 metros quadrados, professores, pesquisadores e os representantes de 19 startups da USP e da FAPESP tiveram a oportunidade de apresentar aos visitantes tecnologias disruptivas nas áreas de saúde, agricultura, sustentabilidade, clima, energia, meio ambiente, mobilidade e inteligência artificial, além de ampliar conexões estratégicas, aumentar a visibilidade internacional de suas pesquisas e produtos e atrair novos investidores.

Um dos destaques brasileiros do encontro foi a participação do Centro de Terapia Celular (CTC-USP) e do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera), que mostraram: os avanços da terapia celular CAR-T 100% nacional no tratamento de linfoma e leucemia; parcerias internacionais em pesquisas sobre doenças autoimunes; progresso nos estudos com as células CAR-NK, promissoras no combate ao câncer.

Saiba mais na reportagem do Jornal da USP.

   

TV Hemocentro destaca protocolo para geração de células CAR-NK-92 publicado na Springer Nature

A TV Hemocentro convidou as pesquisadoras Mara Elisama da Silva Januário e Dayane Schmidt para apresentar o capítulo recentemente publicado no livro “Cancer Immunosurveillance”, da editora internacional Springer Nature. O conteúdo, divulgado em 23/05, traz uma abordagem eficiente para a geração de células CAR-NK-92 por meio de transdução lentiviral, ampliando o potencial dessa promissora terapia contra o câncer.

O título do protocolo é “Engineered CAR-NK Cells for Cancer Immunotherapy: Lentiviral-Based CAR Transduction of NK-92 Cells”. Os autores fazem parte do Laboratório de Biotecnologia do Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP, coordenado pela Dra. Virginia Picanço e Castro.

A terapia com células T receptoras de antígeno quimérico (CAR-T) surgiu como uma abordagem imunoterapêutica inovadora para o tratamento do câncer. No entanto, apesar dos resultados expressivos, ainda persistem desafios, como a complexidade da fabricação, os efeitos colaterais e o alto custo.

Terapias alogênicas (que utilizam células de doadores saudáveis) oferecem soluções potenciais para esses desafios, melhorando a acessibilidade, reduzindo custos e aumentando a escalabilidade. Devido à sua citotoxicidade inata, capacidade natural de reconhecer e destruir células anormais, como células tumorais ou infectadas por vírus, e ao menor risco de efeitos adversos para os pacientes, as células Natural Killer (NK) representam uma opção promissora para a terapia alogênica com CAR.

O uso da linhagem celular NK-92 permite a expansão em larga escala, adequada para aplicações clínicas, fornecendo uma fonte uniforme e altamente citotóxica.

Quer saber mais? Assista ao vídeo para conferir a explicação sobre o estudo, sua importância e as perspectivas futuras da terapia com células CAR-NK!

Genômica e Inteligência Artificial auxiliam no estudo da falência medular

O Por dentro da Pesquisa segue explorando temas importantes da ciência e, desta vez, destaca os avanços no estudo da falência medular. A palestra “Genômica e Inteligência Artificial no diagnóstico diferencial de síndromes de falência de medula óssea”, apresentada pela Dra. Flávia Donaires, traz novidades sobre como a tecnologia está ajudando na identificação dessas doenças. A pesquisadora atua no Laboratório de Hematologia Translacional do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP).

As síndromes de falência medular formam um grupo de doenças causadas por problemas nas células-tronco e progenitoras responsáveis pela produção do sangue. Uma das mais conhecidas é a anemia aplástica. Essas doenças podem ser provocadas por fatores externos, como exposição à radiação ou substâncias químicas, por causas adquiridas (como disfunções imunológicas) ou ainda ter origem genética. Alguns exemplos dessas síndromes hereditárias são a anemia de Fanconi, a deficiência de GATA2, CTLA-4 e as chamadas telomeropatias.

Durante a palestra, a Dra. Flávia destacou uma linha de pesquisa que utiliza tecnologias de ponta, como inteligência artificial, sequenciamento de nova geração (NGS) e aprendizado de máquina (machine learning), para compreender melhor as telomeropatias.

Mas o que são telômeros? São estruturas localizadas nas pontas dos cromossomos que protegem nosso material genético. A cada divisão celular, os telômeros se encurtam naturalmente. No entanto, em pessoas com telomeropatia, esse processo acontece mais rapidamente, acelerando o envelhecimento e a morte das células.

Uma parceria entre cientistas do National Institutes of Health (NIH-EUA), da USP e do CTC-USP desenvolveu um algoritmo de aprendizado de máquina para auxiliar nesse diagnóstico. Essa tecnologia pode apoiar os médicos na escolha do tratamento mais adequado, evitando decisões que possam ser custosas ou prejudiciais, como o uso de medicamentos ineficazes ou a seleção incorreta de um doador de medula óssea da própria família.

Fique ligado nas próximas edições da série Por Dentro da Pesquisa! Os vídeos são publicados nas redes sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro de Ribeirão Preto.

Pesquisadores do CTC-USP publicam protocolo para geração de células CAR-NK-92 na Springer Nature

Um grupo de pesquisadores do Centro de Terapia Celular da USP acaba de publicar um capítulo no livro “Cancer Immunosurveillance”, da editora internacional Springer Nature. O conteúdo, divulgado em 23/05, apresenta uma abordagem eficiente para a geração de células CAR-NK-92 por meio de transdução lentiviral, ampliando o potencial dessa promissora terapia contra o câncer.

O título do protocolo é “Engineered CAR-NK Cells for Cancer Immunotherapy: Lentiviral-Based CAR Transduction of NK-92 Cells”. Os autores integram o Laboratório de Biotecnologia do Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP, coordenado pela Dra. Virginia Picanço e Castro.

A terapia com células T receptoras de antígeno quimérico (CAR-T) surgiu como uma abordagem imunoterapêutica inovadora para o tratamento do câncer. No entanto, apesar dos resultados expressivos, ainda persistem desafios, como a complexidade de fabricação, os efeitos colaterais e o alto custo.

Terapias alogênicas (que utilizam células de doadores saudáveis) oferecem soluções potenciais para esses desafios, melhorando a acessibilidade, reduzindo custos e aumentando a escalabilidade. Devido à sua citotoxicidade inata (capacidade natural de reconhecer e destruir células anormais, como células tumorais ou infectadas por vírus) e aos menores riscos de efeitos adversos aos pacientes, as células Natural Killer (NK) representam uma opção para a terapia alogênica com CAR.

O uso da linhagem celular NK-92 permite a expansão em larga escala, adequada para aplicações clínicas, fornecendo uma fonte uniforme e altamente citotóxica. Acesse abaixo o capítulo!

 Engineered CAR-NK Cells for Cancer Immunotherapy: Lentiviral-Based CAR Transduction of NK-92 Cells.

Autores: Dayane Schmidt, Mariane Cariati Tirapelle, Sima Ebrahimabadi, Alison Felipe Bordini Biggi, Matheus Henrique dos Santos, Mara Elisama da Silva-Januário e Virgínia Picanço e Castro.

Estudo CARTHIAE em destaque no “II Colóquio Nutera”

No segundo episódio do módulo “Células CAR-T em câncer hematológico: propostas brasileiras e avanços”, apresentado durante o II Colóquio Nutera, a Dra. Lucila Kerbauy, coordenadora médica da Terapia Celular Avançada do Hospital Israelita Albert Einstein, apresentou o Estudo CARTHIAE.

A iniciativa é focada no desenvolvimento de células CAR-T para o combate de neoplasias malignas de células B. As células T autólogas são modificadas geneticamente para expressar o receptor quimérico de antígeno (CAR), com o objetivo de tratar pacientes com neoplasias linfoides B CD19 positivo, refratárias ou recidivadas.

Até o momento, foram recrutados 11 pacientes, todos com pelo menos duas linhas terapêuticas anteriores e com alta carga tumoral. Cerca de 80% das pessoas atendidas são provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo principal é avaliar a segurança e a definição da dose ideal de CAR-T anti-CD19 a ser ministrada.

O II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera): “Terapia Celular: realidade no combate ao câncer e perspectivas no tratamento das doenças imunes” foi realizado no dia 14 de abril, no Hemocentro de Ribeirão Preto, e reuniu renomados pesquisadores, que apresentaram e discutiram novas abordagens, estudos e tratamentos na área.

O rico material produzido durante o evento foi gravado na íntegra e será disponibilizado em formato de série no canal do YouTube do Hemocentro RP.

Da pesquisa às aplicações clínicas: a trajetória das células-tronco no Hemocentro RP

A jornada das terapias celulares no Hemocentro de Ribeirão Preto é marcada por etapas fundamentais, fruto de anos de dedicação em diferentes laboratórios. Tudo começou com estudos voltados às células mesenquimais estromais (CME), que abriram caminho para os avanços que viriam a seguir.

Esse percurso é tema do segundo encontro da série Por Dentro da Pesquisa, apresentado pela Dra. Maristela Delgado Orellana, supervisora do Laboratório de Terapia Celular. Em sua palestra, intitulada “Células-tronco: importância histórica e perspectivas atuais”, ela revisita os marcos dessa trajetória científica.

As células-tronco podem se transformar em vários tipos celulares e se renovar. Elas são importantes para formar tecidos e também para regenerar partes do corpo danificadas. Existem três modalidades principais: embrionárias (mais versáteis), adultas (mais limitadas) e induzidas (reprogramadas em laboratório).

O Hemocentro RP abriga um moderno Centro de Processamento Celular, que inclui o Laboratório de Criobiologia, referência em transplantes de células progenitoras hematopoéticas, o Laboratório de Terapia Celular, responsável pela expansão de células mesenquimais e hematopoéticas e pela transição da pesquisa básica para a aplicação clínica, e o Nutera RP, considerado a “fábrica” de células CAR-T.

Ao longo dos 35 anos, a Instituição e seus programas de pesquisa, como o CTC-USP, têm contribuído significativamente para o avanço de tratamentos e investigações de doenças onco-hematológicas, genéticas e autoimunes. O objetivo é transformar a ciência em benefícios práticos, desenvolvendo tratamentos inovadores e acessíveis à população na área da saúde.

Fique atento às novas edições do Por Dentro da Pesquisa! Os vídeos são publicados quinzenalmente nas mídias sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro RP.