Terapia com células de cordão umbilical avança no combate à doença do enxerto-contra-hospedeiro

Terapia com células de cordão umbilical avança no combate à doença do enxerto-contra-hospedeiro

O transplante de medula óssea é uma modalidade terapêutica indicada para uma série de doenças malignas e não malignas. Porém, a principal complicação relacionada ao procedimento é a doença do enxerto-contra-hospedeiro na sua forma aguda ou crônica, uma condição grave que ocorre quando as células-tronco do doador atacam o receptor, principalmente acometendo a pele, o trato gastrointestinal e o fígado.

O trabalho da pesquisadora Camila Dermínio Donadel, médica do Hemocentro de Ribeirão Preto, recentemente defendido no Mestrado Profissional em Hemoterapia e Biotecnologia da USP, traz uma abordagem para o tratamento da doença utilizando a terapia com células estromais mesenquimais (MSC) de cordão umbilical. A iniciativa demonstrou resultados positivos na qualidade de vida dos pacientes, hoje com baixa disponibilidade de tratamentos alternativos, principalmente no SUS.

No estudo foram avaliados 52 pacientes em diferentes centros médicos brasileiros, de 2015 a 2022, em sua maioria com leucemia aguda, linfoma e anemia aplástica. As células utilizadas foram expandidas no Laboratório de Terapia Celular do Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP.

As MSC são encontradas na medula óssea, adipócitos e tecidos perinatais, como placenta e cordão umbilical. Elas apresentam vantagens, como: facilidade de obtenção e isolamento, alta capacidade de propagação em cultura e de migrar para locais de lesão, além de serem pouco agressivas ao organismo.

Assista ao vídeo e saiba mais sobre a pesquisa.

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