Autor INCTC

Ciência brasileira amplia acesso ao transplante de células-tronco contra a doença falciforme

No segundo capítulo da série sobre a doença falciforme, o Por dentro da Pesquisa aborda o transplante de células-tronco hematopoéticas, uma alternativa para os casos mais graves e com alto potencial de cura. O tema foi apresentado pela Dra. Thalita Cristina de Mello Costa, médica assistente do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP).

As células progenitoras hematopoéticas são capazes de se diferenciar em todas as células do sangue. A técnica consiste em destruir, com o uso de drogas quimioterápicas, a medula óssea do paciente, responsável pela produção das células sanguíneas defeituosas. Em seguida, são infundidas células-tronco da medula de um doador compatível, para que seja criada uma nova “fábrica” de células sanguíneas sadias.

O procedimento é coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2015. Parte das evidências científicas que contribuíram para a incorporação na rede pública foi produzida em trabalhos realizados no CTC-USP, no Hemocentro de Ribeirão Preto e no HCFMRP-USP. O hospital foi pioneiro no Brasil, realizando o transplante ainda em 2003.

No primeiro episódio, ressaltamos o impacto que essa doença genética exerce no país e no mundo. O Ministério da Saúde estima que cerca de 100 mil brasileiros convivem com o problema, cuja média de sobrevida é de apenas 40 anos. Os pacientes apresentam alterações nos glóbulos vermelhos (hemácias), que adquirem formato semelhante a uma foice, e convivem com dor, infecções recorrentes, inflamação crônica e desregulação do sistema imunológico.

Na palestra “Transplante de células progenitoras hematopoéticas para tratamento da doença falciforme”, foram apresentados os avanços que trazem esperança de cura para a enfermidade, além dos novos projetos de pesquisa da USP e do Hemocentro de Ribeirão Preto.

Fique atento às próximas edições do Por dentro da Pesquisa! Os vídeos são publicados nas mídias sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro de Ribeirão Preto.

“Por dentro da Pesquisa” aborda, em série, os desafios e inovações sobre a doença falciforme

O Por dentro da Pesquisa apresenta uma série de três palestras com foco em dar relevância a um problema de saúde pública que afeta cerca de 100 mil brasileiros: a doença falciforme. A média de sobrevida é de apenas 40 anos, e o Ministério da Saúde estima que 4% da população seja portadora do traço falciforme no país.

A doença genética causa alterações nos glóbulos vermelhos (hemácias), tornando-os parecidos com uma foice. Os pacientes sofrem com infecções recorrentes, que representam a principal causa de morbidade, especialmente entre crianças. Além da inflamação crônica acompanhada de episódios de dor, os enfermos apresentam uma desregulação do sistema imunológico.

Os encontros vão mostrar iniciativas científicas desenvolvidas desde a bancada até a aplicação clínica, em parceria entre o Hemocentro de Ribeirão Preto, o CTC-USP e a USP. A primeira palestra é da biomédica Maria Luiza Arrojo e tem como título “Enxergando além do invisível: da pesquisa básica à realidade da doença falciforme”.

Durante o mestrado, a pesquisadora desenvolveu uma técnica inovadora e de baixo custo que permite analisar com precisão a presença de hemoglobina fetal (HbF) nos glóbulos vermelhos. A HbF é conhecida por indicar a gravidade da manifestação da doença, sendo que níveis mais elevados estão associados a um melhor curso clínico.

O trabalho representa um avanço na compreensão da doença genética e pode abrir novas perspectivas para terapias personalizadas e mais eficazes. O estudo foi orientado pelo Prof. Dr. Rodrigo Alexandre Panepucci, coordenador do Laboratório de Biologia Funcional do Hemocentro RP/CTC-USP, e integrou o Programa de Pós-Graduação em Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia Celular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).

Fique atento às próximas edições do Por dentro da Pesquisa! Os vídeos são publicados nas mídias sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro RP.

Tecnologia brasileira cria biocurativo 3D com células-tronco por meio de bioimpressão

O desenvolvimento da terapia celular possibilitou inovações em diferentes áreas da saúde, trazendo benefícios diretos à população. Um importante exemplo é o biocurativo 3D contendo células-tronco, destinado ao tratamento de feridas crônicas e queimaduras graves, criado pela startup In Situ. A Dra. Carolina Caliari está à frente da iniciativa, que desde o início contou com o apoio do Hemocentro de Ribeirão Preto e do CTC-USP.

O Por dentro da Pesquisa aborda o tema na palestra “Bioimpressão 3D para o desenvolvimento de biocurativos”. No encontro, a bióloga apresenta a trajetória desde o início, com a expansão das células mesenquimais, que possuem propriedades de regeneração, o desenvolvimento em bancada por meio da engenharia tecidual, com o uso de biomembranas como quitosana e xantana em camundongos, até o produto final, que utilizou inicialmente a primeira bioimpressora fabricada no Brasil.

O Mesencure® atua principalmente na cicatrização de lesões na pele refratárias aos tratamentos convencionais, reduzindo o tempo de recuperação e o custo do procedimento. A inovação está em fase de ensaio clínico e, portanto, ainda não está disponível no mercado para comercialização.

A bioimpressão 3D de células-tronco é realizada com uma base de hidrogel de alginato, que permite dar forma e também manter a sobrevivência das células, gerando a chamada Biotinta. A técnica possibilita escalabilidade e precisão ao processo.

Atualmente, a empresa possui mais dois produtos em fase de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento): o Biogel, destinado ao tratamento de feridas menos complexas e cicatrizes, e o Bioenxerto 3D, voltado ao tratamento de recessão gengival. A startup tem o suporte da Fapesp, USP, Sebrae, do Hospital Israelita Albert Einstein, da Pluris Aceleradora e do Supera Parque de Ribeirão Preto.

Fique atento às próximas edições da série Por dentro da Pesquisa! Os vídeos são publicados nas redes sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro de Ribeirão Preto.

Trabalho premiado revela avanços na recuperação da epiderme em pacientes com esclerose sistêmica

O avanço nos estudos voltados ao tratamento da esclerose sistêmica resultou em dois prêmios conquistados pelo biólogo Djúlio César Zanin em 2025. O pesquisador da Iuliu Hațieganu University of Medicine and Pharmacy, da Romênia, concluiu recentemente o doutorado no Programa de Imunologia Básica e Aplicada da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e atuou no Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP, sob orientação da Profa. Dra. Maria Carolina de Oliveira Rodrigues.

O trabalho “Autologous hematopoietic stem cell transplantation modulates epidermal-related inflammation/fibrosis mechanisms in systemic sclerosis patients” conquistou o primeiro lugar no 31º Encontro de Reumatologia Avançada, realizado de 29 a 31/05 em Ribeirão Preto, promovido pela Sociedade Paulista de Reumatologia. A iniciativa também recebeu o prêmio William Chahade no 42º Congresso Brasileiro de Reumatologia, realizado de 17 a 20/09 em Salvador, organizado pela Sociedade Brasileira de Reumatologia.

A esclerose sistêmica é caracterizada por lesões microvasculares associadas a diferentes graus de fibrose na pele e em órgãos internos. Os pacientes apresentam falta de ar, dores pelo corpo, manchas e dificuldade de locomoção, o que leva muitos a deixarem seus trabalhos e reduzirem o convívio familiar.

A inovação da pesquisa está na análise das melhorias clínicas na epiderme, a camada mais superficial da pele, relacionadas à fibrose e à inflamação proporcionadas pelo transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas, destacando o papel fundamental dessa estrutura na fisiopatologia da esclerose sistêmica. Estudos anteriores focavam na derme, camada abaixo da epiderme, mais espessa, vascularizada e elástica, que contém vasos sanguíneos, nervos, folículos pilosos e glândulas.

O transplante busca criar um novo sistema imunológico. As células-tronco são colhidas do próprio paciente, que em seguida passa por uma etapa de imunossupressão intensa para eliminar os linfócitos responsáveis pela doença. Posteriormente, as células-tronco são reinfundidas no organismo para restabelecer um sistema imunológico mais tolerante.

Desde o mestrado, Zanin investiga o papel de moléculas e células envolvidas no eixo patológico inflamação-fibrose em pessoas submetidas ao transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas. O procedimento é considerado uma opção terapêutica para casos graves e progressivo da enfermidade.

O médico Pedro Delghingaro Forti contribuiu com a perspectiva clínica no desenvolvimento do estudo. Ele cursa residência médica em Reumatologia no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP) e tem como foco de atuação, além do tratamento, a coleta de dados relacionados ao procedimento. O pesquisador avaliou as informações obtidas antes e após o transplante e observou uma melhora rápida da fibrose cutânea em poucas semanas e meses.

🎥 Saiba mais no vídeo produzido pela TV Hemocentro RP!

Avanços das células T geneticamente modificadas ampliam o acesso e a eficácia no combate ao câncer

O caminho da terapia celular passa por constantes aprimoramentos, sempre em busca de oferecer alternativas a pacientes que hoje não dispõem de opções terapêuticas eficazes. À frente desse trabalho, no Laboratório de Transferência Gênica do Hemocentro de Ribeirão Preto, está o Dr. Lucas Eduardo Botelho de Souza!

O Por dentro da Pesquisa apresenta as iniciativas coordenadas pelo pesquisador e sua equipe na palestra “Células T geneticamente modificadas para o tratamento de neoplasias”.

As células CAR-T são produzidas a partir de células T, que, em seu estado natural, nos protegem contra infecções e tumores. No entanto, elas podem perder a capacidade de reconhecer as células cancerígenas.

O cientista aborda o percurso que vai da bancada ao processo de produção em grau clínico, destacando os desafios para que essas células readquiram eficácia no combate a células específicas, como as das leucemias, dos linfomas e também de tumores sólidos.

Ampliar o acesso a essas terapias, que hoje têm custo elevado devido à personalização, é uma das missões do grupo. A expectativa é que, futuramente, os produtos de terapia celular cheguem ao SUS e estejam disponíveis gratuitamente para a população brasileira.

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Podcast Pesquisa Brasil: Prof. Rodrigo Calado fala sobre terapia CAR-T e estudo clínico nacional

A última edição do Podcast “Pesquisa Brasil”, da Revista Pesquisa Fapesp, traz uma entrevista com o Prof. Dr. Rodrigo Calado, diretor-presidente do Hemocentro de Ribeirão Preto e docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP -USP).

O tema da conversa é a iniciativa com as células CAR-T produzidas pela Instituição e o andamento do estudo clínico CARTHEDRALL, atualmente em fase II, que busca tratar 81 pacientes com leucemia linfoide aguda de células B (LLA) ou linfoma não Hodgkin de células B refratários, em cinco centros de referência brasileiros.

🎧 Ouça abaixo! A apresentação é de Fabrício Marques, e a produção, roteiro e edição são de Sarah Caravieri.

🔗 https://revistapesquisa.fapesp.br/fabrica-de-celulas-contra-o-cancer/

Hemocentro RP celebra 35 anos e destaca trajetória em palestra da série “Por dentro da Pesquisa”

Você sabia que o Hemocentro de Ribeirão Preto completou 35 anos em 2025? A importância da Instituição na vida dos brasileiros vai muito além de promover o nobre ato da doação de sangue. Aqui, são formados pesquisadores de destaque e desenvolvidos tratamentos de ponta que chegam gratuitamente à população pelo SUS.

Na retomada da série Por dentro da Pesquisa, trazemos uma breve apresentação da coordenadora técnico-científica do Hemocentro RP, Dra. Virginia Picanço e Castro, realizada na última edição do “Curso de Verão: Genoma, Proteoma e o Universo Celular”, com uma visão geral das nossas atividades. O título é “O Hemocentro de Ribeirão Preto e sua relevância no cenário nacional”.

Na área assistencial, a Fundação é responsável por coletar, processar e distribuir sangue, hemocomponentes e hemoderivados para um terço do Estado de São Paulo, abrangendo mais de 230 municípios onde vivem mais de 5 milhões de habitantes. Além disso, oferece diagnóstico e tratamento a pacientes com patologias hematológicas e correlatas.

No ensino, a organização desenvolve programas educacionais que atendem desde estudantes do ensino fundamental até o pós-doutorado. Entre os exemplos consolidados estão a Casa da Ciência, com 25 anos de atuação junto a professores e alunos da educação básica, e os programas de Pós-Graduação em Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia Celular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), além do Mestrado Profissional em Hemoterapia e Biotecnologia.

O Hemocentro RP atua em diversas linhas de pesquisa. A instituição é sede do Centro de Terapia Celular (CTC-USP), do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Células-Tronco e Terapia Celular no Câncer (INCTC), do Núcleo de Terapia Celular (NuTeC), do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Terapia Oncológica de Precisão (INCT-TOP) e do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera RP), a chamada “fábrica de células”.

Por suas instalações circulam mais de 150 profissionais que desenvolvem pesquisas apoiadas por diversas agências de fomento, como FAPESP, CNPq, CAPES, Finep, BNDES, OPAS, Pronon, Decit, Ministério da Saúde e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Ligado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, o Hemocentro RP tem como missão transformar ciência em benefício social, desenvolvendo tratamentos de ponta que impactam diretamente a saúde da população.

Fique atento às próximas edições da série Por Dentro da Pesquisa! Os vídeos são publicados nas redes sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro de Ribeirão Preto.

Avanços e desafios regulatórios na terapia celular brasileira

No encerramento do II Colóquio Nutera, o gerente de operações do Núcleo de Terapia Avançada de Ribeirão Preto, Edson Lara Moretto, apresentou a palestra “Desafios regulatórios na implementação de um programa de terapia celular”. O farmacêutico destacou a trajetória, os principais pontos e as dificuldades enfrentadas pelo Hemocentro de Ribeirão Preto durante o Estudo Clínico CARTHEDRALL.

A iniciativa, financiada pelo Ministério da Saúde por meio do Programa para o Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde (PROCIS), tem como objetivo tratar 81 pessoas com leucemia linfoide aguda de células B (LLA) ou linfoma não-Hodgkin de células B refratários, em cinco centros de referência brasileiros. O estudo busca verificar a segurança e a eficácia das células CAR-T, com a meta de disponibilizar futuramente a terapia de forma gratuita no SUS (Sistema Único de Saúde).

Durante a apresentação, foram abordados o pioneirismo da iniciativa em âmbito nacional e o processo de definição de critérios quanto à classificação do produto, ensaio clínico e provas de eficácia, além de aspectos relacionados à fabricação, controle de qualidade, questões éticas, precificação e acesso ao mercado.

A segunda fase do Estudo Clínico CARTHEDRALL, autorizada pela Anvisa, permite que os centros parceiros: Hospital das Clínicas da FMUSP, Beneficência Portuguesa e Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP); Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas (SP); e o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP), também passem a recrutar e tratar pacientes. Saiba mais!

O II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera), intitulado “Terapia Celular: realidade no combate ao câncer e perspectivas no tratamento das doenças imunes”, foi realizado no dia 14 de abril, no Hemocentro de Ribeirão Preto. O evento reuniu renomados pesquisadores que apresentaram e discutiram novas abordagens, estudos e tratamentos na área.

O rico material produzido durante o evento foi gravado na íntegra e agora está disponível, em formato de série, no canal do YouTube do Hemocentro RP.

Inovação em terapia celular destaca Hemocentro RP entre os finalistas do Prêmio Finep!

O Hemocentro de Ribeirão Preto marcou presença na cerimônia de entrega do Prêmio Finep de Inovação 2025, etapa regional Sudeste, realizada ontem (11/09), no Rio de Janeiro. A Instituição esteve entre as três finalistas na categoria Complexo Econômico-Industrial da Saúde com a iniciativa “Células CAR-NK anti-CD19 alogênicas para linfoma não-Hodgkin de células B recidivado/refratário: do desenvolvimento ao estudo clínico de fase I”.

O projeto vencedor foi o do Instituto Presbiteriano Mackenzie, intitulado “Desenvolvimento de válvulas cardíacas poliméricas fabricadas por impressão 3D baseadas em grafeno”. O objetivo do concurso é destacar o estado da arte da inovação brasileira, fruto do apoio da Finep, e reforçar a importância desse fomento à ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento do país, o aumento da competitividade e a promoção do bem-estar da sociedade.

Para concorrer ao prêmio, cada centro produziu um vídeo apresentando sua iniciativa de pesquisa. O material audiovisual desenvolvido pela TV Hemocentro destacou os avanços proporcionados pelas células CAR-NK, obtidas a partir de linfócitos NK (natural killers), que já atuam naturalmente no combate a tumores, além de toda a estrutura necessária para a produção no Núcleo de Terapia Avançada (Nutera RP).

No Hemocentro de Ribeirão Preto, os pesquisadores se dedicam ao aprimoramento dessa imunoterapia, que tem se mostrado uma opção acessível, menos tóxica e com resultados promissores em testes laboratoriais. Diferentemente das células CAR-T, elas podem ser coletadas de doadores saudáveis, armazenadas e utilizadas em diferentes pacientes, configurando um verdadeiro “tratamento de prateleira”.

O grupo, coordenado pela Dra. Virgínia Picanço e Castro, prepara-se agora para o próximo passo: concluir os estudos pré-clínicos e solicitar à Anvisa a autorização para um ensaio clínico de fase I.

👉 Assista ao vídeo abaixo!

Pesquisa Fapesp destaca avanço da terapia CAR-T nacional, com recrutamento de pacientes aberto

A Revista Pesquisa Fapesp publicou uma reportagem completa e rica em informações sobre o Estudo Clínico CARTHEDRALL, que utiliza a inovadora terapia celular CAR-T, desenvolvida no Hemocentro de Ribeirão Preto, em parceria com o Instituto Butantan. A iniciativa está em sua segunda fase, após aprovação da Anvisa. Clique aqui e confira a matéria!

A pesquisa tem como objetivo tratar 81 pacientes com leucemia linfoide aguda de células B (LLA) ou linfoma não Hodgkin de células B refratários, utilizando células CAR-T produzidas no Núcleo de Terapia Avançada de Ribeirão Preto (Nutera RP). A meta é oferecer futuramente esse tratamento de forma gratuita pelo SUS.

A boa notícia é que o recrutamento de pacientes já está aberto nos cinco centros de referência onde o estudo é conduzido e, no momento, não há filas de espera para participar. Os centros são:

• Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP), em Ribeirão Preto;
• Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas;
• Hospital das Clínicas da FMUSP, Hospital Sírio-Libanês e Beneficência Portuguesa, em São Paulo.

O contato com os centros deve ser feito exclusivamente pelos médicos responsáveis pelos pacientes. Mais informações: https://nuterarp.org/pacientes/

Atenção: o CAR-T produzido no Nutera RP é específico para combater um alvo chamado CD19, uma proteína presente nos dois cânceres hematológicos citados acima. Dessa forma, esta imunoterapia não é eficaz para outros tipos de câncer.