Tecnologia brasileira cria biocurativo 3D com células-tronco por meio de bioimpressão

Tecnologia brasileira cria biocurativo 3D com células-tronco por meio de bioimpressão

O desenvolvimento da terapia celular possibilitou inovações em diferentes áreas da saúde, trazendo benefícios diretos à população. Um importante exemplo é o biocurativo 3D contendo células-tronco, destinado ao tratamento de feridas crônicas e queimaduras graves, criado pela startup In Situ. A Dra. Carolina Caliari está à frente da iniciativa, que desde o início contou com o apoio do Hemocentro de Ribeirão Preto e do CTC-USP.

O Por Dentro da Pesquisa aborda o tema na palestra “Bioimpressão 3D para o desenvolvimento de biocurativos”. No encontro, a bióloga apresenta a trajetória desde o início, com a expansão das células mesenquimais, que possuem propriedades de regeneração, o desenvolvimento em bancada por meio da engenharia tecidual, com o uso de biomembranas como quitosana e xantana em camundongos, até o produto final, que utilizou inicialmente a primeira bioimpressora fabricada no Brasil.

O Mesencure® atua principalmente na cicatrização de lesões na pele refratárias aos tratamentos convencionais, reduzindo o tempo de recuperação e o custo do procedimento. A inovação está em fase de ensaio clínico e, portanto, ainda não está disponível no mercado para comercialização.

A bioimpressão 3D de células-tronco é realizada com uma base de hidrogel de alginato, que permite dar forma e também manter a sobrevivência das células, gerando a chamada Biotinta. A técnica possibilita escalabilidade e precisão ao processo.

Atualmente, a empresa possui mais dois produtos em fase de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento): o Biogel, destinado ao tratamento de feridas menos complexas e cicatrizes, e o Bioenxerto 3D, voltado ao tratamento de recessão gengival. A startup tem o suporte da Fapesp, USP, Sebrae, do Hospital Israelita Albert Einstein, da Pluris Aceleradora e do Supera Parque de Ribeirão Preto.

Fique atento às próximas edições da série Por Dentro da Pesquisa! Os vídeos são publicados nas redes sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro de Ribeirão Preto.

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