A busca por recursos para implantar o mais avançado tratamento de combate ao câncer é diária para o Prof. Dr. Dimas Tadeu Covas, coordenador do Centro de Terapia Celular (CTC-USP) e do Instituto Nacional de Células-tronco e Terapia Celular no Câncer.
Na última terça-feira (04/07) a reunião foi em Brasília, com o vice-presidente da República Geraldo Alckmin e o deputado federal Baleia Rossi. Na pauta, investimento para o desenvolvimento da maior revolução no tratamento do câncer.
“Essa terapia, que faz uso do próprio sistema imunológico do paciente, tem apresentado resultados promissores, levando à remissão e, mesmo, à cura. Trata-se de uma abordagem revolucionária, uma esperança renovada para os pacientes. Mas há um desafio considerável no caminho: o custo”, afirma o coordenador.
Em artigo publicado no jornal o Estado de São Paulo, ele escreveu: “Esse objetivo (pesquisa), no entanto, demanda investimento. As fases 1 e 2 de um estudo clínico com cerca de 100 pacientes com linfoma e leucemia terão um custo aproximado de R$ 100 milhões. Mas isso levará a uma economia de cerca de R$ 140 milhões, se comparado com o custo do mesmo tratamento se for realizado em entidades privadas”.
Segundo ele, “o estudo clínico será realizado nos três hospitais de clínicas vinculados à USP e à Unicamp, em Ribeirão Preto, São Paulo e Campinas. A Anvisa deve aprovar o protocolo da pesquisa ainda no início deste segundo semestre e, uma vez aprovado, terá início imediato”.
Para o professor Dimas Covas “promover essa tecnologia essencial em nosso país poderá gerar benefícios que vão muito além dos ligados imediatamente à saúde dos pacientes. Não só o sistema de saúde brasileiro terá muito a ganhar, como uma nova indústria pode ganhar força e ajudar a impulsionar a economia do País. A indústria de terapias avançadas tem potencial de mercado estimado em R$ 5 bilhões no curto prazo. O Brasil tem a chance de se tornar uma liderança mundial neste campo”, explica.
O projeto da terapia celular CAR-T foi apresentado recentemente ao Ministério da Saúde e a outros órgãos de fomento, em busca de apoio e financiamento.
Sobre o Autor