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TV Hemocentro destaca protocolo para geração de células CAR-NK-92 publicado na Springer Nature

A TV Hemocentro convidou as pesquisadoras Mara Elisama da Silva Januário e Dayane Schmidt para apresentar o capítulo recentemente publicado no livro “Cancer Immunosurveillance”, da editora internacional Springer Nature. O conteúdo, divulgado em 23/05, traz uma abordagem eficiente para a geração de células CAR-NK-92 por meio de transdução lentiviral, ampliando o potencial dessa promissora terapia contra o câncer.

O título do protocolo é “Engineered CAR-NK Cells for Cancer Immunotherapy: Lentiviral-Based CAR Transduction of NK-92 Cells”. Os autores fazem parte do Laboratório de Biotecnologia do Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP, coordenado pela Dra. Virginia Picanço e Castro.

A terapia com células T receptoras de antígeno quimérico (CAR-T) surgiu como uma abordagem imunoterapêutica inovadora para o tratamento do câncer. No entanto, apesar dos resultados expressivos, ainda persistem desafios, como a complexidade da fabricação, os efeitos colaterais e o alto custo.

Terapias alogênicas (que utilizam células de doadores saudáveis) oferecem soluções potenciais para esses desafios, melhorando a acessibilidade, reduzindo custos e aumentando a escalabilidade. Devido à sua citotoxicidade inata, capacidade natural de reconhecer e destruir células anormais, como células tumorais ou infectadas por vírus, e ao menor risco de efeitos adversos para os pacientes, as células Natural Killer (NK) representam uma opção promissora para a terapia alogênica com CAR.

O uso da linhagem celular NK-92 permite a expansão em larga escala, adequada para aplicações clínicas, fornecendo uma fonte uniforme e altamente citotóxica.

Quer saber mais? Assista ao vídeo para conferir a explicação sobre o estudo, sua importância e as perspectivas futuras da terapia com células CAR-NK!

Genômica e Inteligência Artificial auxiliam no estudo da falência medular

O Por dentro da Pesquisa segue explorando temas importantes da ciência e, desta vez, destaca os avanços no estudo da falência medular. A palestra “Genômica e Inteligência Artificial no diagnóstico diferencial de síndromes de falência de medula óssea”, apresentada pela Dra. Flávia Donaires, traz novidades sobre como a tecnologia está ajudando na identificação dessas doenças. A pesquisadora atua no Laboratório de Hematologia Translacional do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP).

As síndromes de falência medular formam um grupo de doenças causadas por problemas nas células-tronco e progenitoras responsáveis pela produção do sangue. Uma das mais conhecidas é a anemia aplástica. Essas doenças podem ser provocadas por fatores externos, como exposição à radiação ou substâncias químicas, por causas adquiridas (como disfunções imunológicas) ou ainda ter origem genética. Alguns exemplos dessas síndromes hereditárias são a anemia de Fanconi, a deficiência de GATA2, CTLA-4 e as chamadas telomeropatias.

Durante a palestra, a Dra. Flávia destacou uma linha de pesquisa que utiliza tecnologias de ponta, como inteligência artificial, sequenciamento de nova geração (NGS) e aprendizado de máquina (machine learning), para compreender melhor as telomeropatias.

Mas o que são telômeros? São estruturas localizadas nas pontas dos cromossomos que protegem nosso material genético. A cada divisão celular, os telômeros se encurtam naturalmente. No entanto, em pessoas com telomeropatia, esse processo acontece mais rapidamente, acelerando o envelhecimento e a morte das células.

Uma parceria entre cientistas do National Institutes of Health (NIH-EUA), da USP e do CTC-USP desenvolveu um algoritmo de aprendizado de máquina para auxiliar nesse diagnóstico. Essa tecnologia pode apoiar os médicos na escolha do tratamento mais adequado, evitando decisões que possam ser custosas ou prejudiciais, como o uso de medicamentos ineficazes ou a seleção incorreta de um doador de medula óssea da própria família.

Fique ligado nas próximas edições da série Por Dentro da Pesquisa! Os vídeos são publicados nas redes sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro de Ribeirão Preto.

Pesquisadores do CTC-USP publicam protocolo para geração de células CAR-NK-92 na Springer Nature

Um grupo de pesquisadores do Centro de Terapia Celular da USP acaba de publicar um capítulo no livro “Cancer Immunosurveillance”, da editora internacional Springer Nature. O conteúdo, divulgado em 23/05, apresenta uma abordagem eficiente para a geração de células CAR-NK-92 por meio de transdução lentiviral, ampliando o potencial dessa promissora terapia contra o câncer.

O título do protocolo é “Engineered CAR-NK Cells for Cancer Immunotherapy: Lentiviral-Based CAR Transduction of NK-92 Cells”. Os autores integram o Laboratório de Biotecnologia do Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP, coordenado pela Dra. Virginia Picanço e Castro.

A terapia com células T receptoras de antígeno quimérico (CAR-T) surgiu como uma abordagem imunoterapêutica inovadora para o tratamento do câncer. No entanto, apesar dos resultados expressivos, ainda persistem desafios, como a complexidade de fabricação, os efeitos colaterais e o alto custo.

Terapias alogênicas (que utilizam células de doadores saudáveis) oferecem soluções potenciais para esses desafios, melhorando a acessibilidade, reduzindo custos e aumentando a escalabilidade. Devido à sua citotoxicidade inata (capacidade natural de reconhecer e destruir células anormais, como células tumorais ou infectadas por vírus) e aos menores riscos de efeitos adversos aos pacientes, as células Natural Killer (NK) representam uma opção para a terapia alogênica com CAR.

O uso da linhagem celular NK-92 permite a expansão em larga escala, adequada para aplicações clínicas, fornecendo uma fonte uniforme e altamente citotóxica. Acesse abaixo o capítulo!

 Engineered CAR-NK Cells for Cancer Immunotherapy: Lentiviral-Based CAR Transduction of NK-92 Cells.

Autores: Dayane Schmidt, Mariane Cariati Tirapelle, Sima Ebrahimabadi, Alison Felipe Bordini Biggi, Matheus Henrique dos Santos, Mara Elisama da Silva-Januário e Virgínia Picanço e Castro.

Estudo CARTHIAE em destaque no “II Colóquio Nutera”

No segundo episódio do módulo “Células CAR-T em câncer hematológico: propostas brasileiras e avanços”, apresentado durante o II Colóquio Nutera, a Dra. Lucila Kerbauy, coordenadora médica da Terapia Celular Avançada do Hospital Israelita Albert Einstein, apresentou o Estudo CARTHIAE.

A iniciativa é focada no desenvolvimento de células CAR-T para o combate de neoplasias malignas de células B. As células T autólogas são modificadas geneticamente para expressar o receptor quimérico de antígeno (CAR), com o objetivo de tratar pacientes com neoplasias linfoides B CD19 positivo, refratárias ou recidivadas.

Até o momento, foram recrutados 11 pacientes, todos com pelo menos duas linhas terapêuticas anteriores e com alta carga tumoral. Cerca de 80% das pessoas atendidas são provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo principal é avaliar a segurança e a definição da dose ideal de CAR-T anti-CD19 a ser ministrada.

O II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera): “Terapia Celular: realidade no combate ao câncer e perspectivas no tratamento das doenças imunes” foi realizado no dia 14 de abril, no Hemocentro de Ribeirão Preto, e reuniu renomados pesquisadores, que apresentaram e discutiram novas abordagens, estudos e tratamentos na área.

O rico material produzido durante o evento foi gravado na íntegra e será disponibilizado em formato de série no canal do YouTube do Hemocentro RP.

Da pesquisa às aplicações clínicas: a trajetória das células-tronco no Hemocentro RP

A jornada das terapias celulares no Hemocentro de Ribeirão Preto é marcada por etapas fundamentais, fruto de anos de dedicação em diferentes laboratórios. Tudo começou com estudos voltados às células mesenquimais estromais (CME), que abriram caminho para os avanços que viriam a seguir.

Esse percurso é tema do segundo encontro da série Por Dentro da Pesquisa, apresentado pela Dra. Maristela Delgado Orellana, supervisora do Laboratório de Terapia Celular. Em sua palestra, intitulada “Células-tronco: importância histórica e perspectivas atuais”, ela revisita os marcos dessa trajetória científica.

As células-tronco podem se transformar em vários tipos celulares e se renovar. Elas são importantes para formar tecidos e também para regenerar partes do corpo danificadas. Existem três modalidades principais: embrionárias (mais versáteis), adultas (mais limitadas) e induzidas (reprogramadas em laboratório).

O Hemocentro RP abriga um moderno Centro de Processamento Celular, que inclui o Laboratório de Criobiologia, referência em transplantes de células progenitoras hematopoéticas, o Laboratório de Terapia Celular, responsável pela expansão de células mesenquimais e hematopoéticas e pela transição da pesquisa básica para a aplicação clínica, e o Nutera RP, considerado a “fábrica” de células CAR-T.

Ao longo dos 35 anos, a Instituição e seus programas de pesquisa, como o CTC-USP, têm contribuído significativamente para o avanço de tratamentos e investigações de doenças onco-hematológicas, genéticas e autoimunes. O objetivo é transformar a ciência em benefícios práticos, desenvolvendo tratamentos inovadores e acessíveis à população na área da saúde.

Fique atento às novas edições do Por Dentro da Pesquisa! Os vídeos são publicados quinzenalmente nas mídias sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro RP.

TV Hemocentro estreia série de palestras apresentadas no II Colóquio do Nutera

O II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera) – “Terapia Celular: realidade no combate ao câncer e perspectivas no tratamento das doenças imunes” – reuniu, no dia 14 de abril, renomados pesquisadores que apresentaram e discutiram novas abordagens, estudos e tratamentos na área.

O rico material produzido durante o encontro foi gravado na íntegra e, agora, será divulgado em série no canal do YouTube do Hemocentro de Ribeirão Preto.

Hoje, iniciaremos o módulo “Células CAR-T em câncer hematológico: propostas brasileiras e avanços”, com a palestra “CAR-T anti-BCMA: uma realidade para o SUS?”, ministrada pelo Prof. Dr. Vanderson Rocha, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e diretor-presidente da Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo.

A iniciativa tem como foco o uso das células CAR-T no combate ao mieloma múltiplo, um tipo de câncer que se origina na medula óssea, onde são produzidas as células sanguíneas, incluindo os plasmócitos. Nessa doença, os plasmócitos tornam-se anormais e se multiplicam rapidamente, prejudicando a produção de outras células do sangue e causando lesões ósseas.

No Brasil, são registrados entre 4.800 e 5.200 novos casos de mieloma múltiplo por ano, em pacientes com idade média de 64 anos. O tratamento disponível pode incluir medicamentos para controlar o crescimento das células cancerosas, radioterapia para tratar lesões ósseas e, em alguns casos, transplante de medula óssea.

As células CAR-T são produzidas em laboratório a partir das células mais importantes do nosso sistema de defesa: as células T. Em seu estado natural, as células T, que nos protegem contra infecções e tumores, podem perder a capacidade de “enxergar” as células cancerígenas. Assim, o processo de produção das células CAR-T consiste em modificar as células T para que elas possam readquirir a capacidade de reconhecer células específicas do câncer e destruí-las.

Série “Por dentro da Pesquisa” destaca a terapia gênica brasileira e seus desafios

Você sabia que aproximadamente dois terços dos ensaios clínicos envolvendo terapia gênica têm como alvo o câncer? O dado preocupante é que cerca de 70% das mortes causadas pela doença ainda ocorrem em países de baixa e média renda, como o Brasil.

No primeiro encontro de 2025 da série Por dentro da Pesquisa, a Dra. Amanda Mizukami, gerente de produção do Nutera RP, aborda o tema na palestra “Produção de células CAR-T no Brasil: experiência do Nutera RP”.

O Brasil ocupa a 12ª posição no ranking mundial de estudos clínicos com terapia gênica. Apesar de liderar na América Latina, o país ainda enfrenta um longo caminho para garantir que os avanços estejam amplamente disponíveis à população.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o início da segunda fase do Estudo Clínico CARTHEDRALL, com a terapia celular produzida no Hemocentro de Ribeirão Preto, em parceria com o Instituto Butantan, para o tratamento da leucemia linfoide aguda de células B (LLA) e do linfoma não Hodgkin de células B refratários.

O estudo clínico, financiado pelo Ministério da Saúde por meio do Programa para o Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde (PROCIS), tem como objetivo tratar 81 pessoas em cinco centros de referência brasileiros. A proposta é avaliar a segurança e a eficácia das células CAR-T produzidas na Instituição.

Nesse contexto, são fundamentais a estrutura e a inovação proporcionadas pelo Nutera RP para otimizar o processo de produção celular, aumentar a escala com segurança e, assim, reduzir os custos. O objetivo final é que o tratamento esteja disponível gratuitamente no SUS.

Fique atento às novas edições do Por dentro da Pesquisa! Os vídeos são publicados quinzenalmente, nas mídias sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro RP. Confira abaixo!

Desenvolvida na USP, ferramenta inovadora de bioinformática prevê a agressividade tumoral

A Profa. Dra. Tathiane Malta dedica-se a utilizar a biologia computacional para decodificar os mecanismos do câncer. Os resultados de seu trabalho têm gerado importantes avanços, o mais recente foi publicado em um artigo na revista Cell Genomics, no dia 17 de abril.

No estudo, a docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e pesquisadora do CTC-USP, em parceria com cientistas internacionais, desenvolveu uma ferramenta inovadora que combina inteligência artificial, aprendizado de máquina e dados proteômicos para prever a agressividade de tumores com base no índice de stemness.

O grau de stemness refere-se ao quanto as células tumorais se assemelham às células-tronco pluripotentes, aquelas capazes de se transformar em quase todos os tipos celulares do organismo. Isso permite identificar precocemente características importantes do câncer, como resistência a tratamentos e risco de recidiva, possibilitando o desenvolvimento de terapias mais personalizadas e eficazes.

Para criar essa ferramenta, os cientistas utilizaram dados do Consórcio de Análise Proteômica Clínica de Tumores (CPTAC), referentes a 11 tipos diferentes de câncer. A partir dessas informações, foi desenvolvido o índice de stemness baseado na expressão proteica, denominado PROTsi. Mais de 3.000 amostras foram analisadas, abrangendo casos de câncer de mama, ovário, pulmão, rim, útero, cérebro (pediátrico e adulto), cabeça e pescoço, cólon e pâncreas.

O PROTsi demonstrou ser preditivo em casos de câncer de útero e de cabeça e pescoço, por exemplo. Além disso, a ferramenta mostrou-se eficaz na diferenciação de tumores de maior grau em amostras de adenocarcinoma, útero, pâncreas e câncer cerebral pediátrico.

Nesse contexto, a bioinformática revela-se essencial para a análise de dados em larga escala. A área integra conhecimentos de matemática, tecnologia computacional e biologia molecular, com o objetivo de promover qualidade de vida aos pacientes.

Saiba mais sobre os resultados e o impacto deste estudo no vídeo produzido pela TV Hemocentro.

*Com informações da Agência FAPESP.

Hemocentro de Ribeirão Preto celebra 35 anos com inauguração de centro pioneiro em terapia celular

A história dos 35 anos do Hemocentro de Ribeirão Preto é marcada por avanços científicos voltados à saúde da população. O dia 14 de abril de 2025 ganha destaque nessa trajetória tão significativa.

Mais de 200 espectadores — entre eles, pesquisadores e autoridades — presenciaram a inauguração do Centro de Terapia Celular como integrante dos Centros de Pesquisa e Inovação Especiais (Cepix) da USP e discutiram o presente e o futuro dos tratamentos contra o câncer e doenças autoimunes no “II Colóquio do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera)”.

Assista abaixo a uma reportagem especial, produzida pela TV Hemocentro, que resume essa data importante para a ciência brasileira.

Artigo apresenta análise proteômica focada na melhoria da eficácia da terapia CAR-T

A abordagem proteômica tem se consolidado como uma ferramenta essencial no avanço da terapia celular para o tratamento de doenças, como o câncer. Um estudo recente, realizado por pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC-USP), oferece uma visão das principais descobertas na área, no que diz respeito à terapia com as células CAR-T. O trabalho destaca as proteínas-chave e as vias de sinalização envolvidas na eficácia dessa terapia inovadora.

O artigo “A Proteomics Outlook on the Molecular Effectors of CAR‑T Cell Therapy in Cancer Management”, publicado no dia 6 de março no Journal of Proteome Research, foi conduzido pelo doutorando John Teibo, do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), sob a orientação do Prof. Dr. Vitor Faça. A iniciativa contou também com a colaboração da Dra. Virginia Picanço e Castro e do Dr. Lucas Eduardo Botelho de Souza, pesquisadores do Hemocentro de Ribeirão Preto / CTC-USP.

A pesquisa buscou identificar efetores moleculares relacionados à terapia com células CAR-T em bancos de dados como PubMed e Scopus. A proposta resultou na identificação de proteínas que podem ser alvos-chave para aprimorar a eficácia da terapia. A utilização da proteômica permitirá uma compreensão mais profunda das alterações nessas moléculas, abrindo caminho para novos avanços no tratamento.

Embora a terapia com células CAR-T tenha mostrado resultados promissores no combate aos cânceres hematológicos, ela ainda apresenta limitações, como a síndrome de liberação de citocinas, anomalias neurológicas, perda do alvo terapêutico e custos elevados.

Com os avanços recentes em espectrometria de massas, novas possibilidades para analisar a abundância, localização celular, síntese/degradação e modificações pós-traducionais das proteínas tornam-se viáveis. Isso permite uma compreensão mais detalhada e integrada de processos fisiológicos e celulares, essencial para o aprimoramento da terapia.

Assista ao vídeo para mais detalhes sobre o artigo.