O combate a Leucemia Mieloide Aguda (LMA), câncer causado pela reprodução descontrolada de células do sangue, impõe desafios para pesquisadores, médicos e pacientes. O sucesso do tratamento é monitorado por um exame capaz de verificar pequenas quantidades de células doentes na medula óssea, a chamada doença residual mínima ou mensurável (DRM). A detecção precoce deste indicador é um dos focos de pesquisa do Hemocentro de Ribeirão Preto e CTC-USP.
A Dra. Leticia Olops Marani desenvolveu um protocolo padronizado inédito por citometria de fluxo paramétrica. Neste método as células são avaliadas individualmente a partir de diversos parâmetros, sempre comparadas com células normais.
O trabalho acompanhou 191 pacientes, de 2015 a 2023, e os resultados apontaram que o teste é preditivo de recaída para o grupo de risco intermediário, de difícil manejo terapêutico. O protocolo apresenta melhoria no monitoramento da doença e possibilita novas perspectivas para alvos terapêuticos e no acesso ao diagnóstico para a população brasileira.
O estudo é resultado da tese “Estabelecimento de um protocolo de doença residual mínima por citometria de fluxo multiparamétrica em pacientes com leucemia mieloide aguda”, orientado pela Profa. Dra. Lorena Lôbo de Figueiredo Pontes, no Programa de Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia Celular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).
Saiba mais no vídeo abaixo produzido pela TV Hemocentro RP.
Sobre o Autor