Autor INCTC

“Por dentro da Pesquisa” discute avanços e desafios no tratamento do câncer em idosos

A oncogeriatria teve um crescimento expressivo na medicina, nas últimas décadas. Impulsionada pelo envelhecimento da população, a área busca entender como se comporta o câncer no paciente idoso e as necessidades exigidas no tratamento da doença.

O Por dentro da Pesquisa aborda este importante tema com a palestra “Oncogeriatria: assistência e pesquisa aplicada”, ministrada pela Profa. Dra. Fernanda Peria, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a quantidade de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões até 2050, o que representará um quinto da humanidade. No Brasil, o Ministério da Saúde aponta que em 2016 o país tinha a quinta maior população idosa do mundo, e em 2030, o número ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos.

O aumento da expectativa de vida é positivo para a sociedade, mas à medida que a população envelhece maior é a prevalência de problemas crônicos de saúde, dentre eles as neoplasias malignas. Segundo o National Institute of Health (NIH-EUA), 70% das mortes por câncer estão concentradas em pacientes acima de 65 anos.

O atendimento com enfoque oncogeriátrico tem como finalidade oferecer cuidado multidisciplinar ao idoso e definir juntamente com o paciente e a família, por meio da aplicação de uma avaliação ampla, o melhor tratamento.

Assista abaixo o encontro! Fique atento às novas edições da série. Os vídeos são publicados nas mídias sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro RP.

Genômica e Inteligência Artificial auxiliam no estudo da falência medular

O Por dentro da Pesquisa avança na investigação da falência medular, com a palestra “Genômica e Inteligência Artificial (IA) no diagnóstico diferencial de síndromes de falência de medula óssea”, ministrada pela Dra. Flávia Donaires. A pesquisadora atua no Laboratório de Hematologia Translacional do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP).

As síndromes de falência medular correspondem a um grupo de doenças causadas por dano à célula-tronco e progenitora hematopoética (CTPH). As condições clínicas mais frequentes são a anemia aplástica, aplasia pura de série vermelha e neutropenia congênita grave. O diagnóstico é feito entre causas herdadas e adquiridas.

Uma parceria internacional envolvendo pesquisadores do National Institutes of Health (NIH-EUA), da USP e do CTC-USP desenvolveu um algoritmo de machine learning para apoiar esta análise. A técnica pode auxiliar na melhor decisão clínica, já que a orientação errada pode expor os pacientes a terapias ineficazes e caras, regimes de condicionamento de transplantes tóxicos e uso inapropriado de um membro da família como doador de células-tronco.

O machine learning é um método de leitura de dados que automatiza a construção de modelos analíticos. É um ramo da inteligência artificial baseado na ideia de que sistemas podem aprender com dados, identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana.

Fique atento às novas edições da série! Os vídeos são publicados nas mídias sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro RP.

Dr. Avery D. Posey aborda as inovações na imunoterapia contra o câncer no Hemocentro RP

O Hemocentro de Ribeirão Preto recebeu a visita do Dr. Avery D. Posey, professor da Perelman School of Medicine, University of Pennsylvania (EUA), no último dia 17 de novembro. O docente ministrou uma palestra aos pesquisadores e alunos de pós-graduação da USP, com o título “Leveraging tumor-associated alterations in O-glycosylation for cancer immunotherapy”.

O pesquisador é membro do Parker Institute for Cancer Immunotherapy e completou o treinamento de pós-doutorado no laboratório do Dr. Carl June, onde gerou receptores de antígenos quiméricos específicos para glicosilação.

O Laboratório do Dr. Posey concentra-se no desenvolvimento de novas terapias no combate ao câncer, em humanos e cães, que alteram geneticamente as células T dos pacientes e melhoram a capacidade do sistema imunológico. As pesquisas envolvem a descoberta de antígenos para identificar alvos específicos do tumor, além de estratégias de engenharia para superar o microambiente tumoral e alterar as influências de sinalização das células T.

Confira algumas imagens abaixo.

Inovação com as células NK-CAR gera patente ao Hemocentro RP

A expansão e a modificação genética das células NK ainda são uma tarefa desafiadora, contudo pesquisas realizadas no Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP trazem novos avanços para a área. O mais recente estudo, divulgado no periódico “Frontiers in Immunology”, é tema do vídeo com a biomédica Renata Nacasaki Silvestre.

O artigo “Engineering NK-CAR.19 cells with the IL-15/IL-15Rα complex improved proliferation and anti-tumor effect in vivo”, publicado no dia 25/09, descreve avanços ligados à expansão celular em cultura e a diminuição da progressão tumoral em camundongos. O processo para chegar a estes importantes resultados gerou uma patente registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), do Governo Federal.

A terapia celular com células NK-CAR (Natural Killer Cells) é uma abordagem inovadora, em desenvolvimento, que permite inúmeras possibilidades no campo do tratamento do câncer. A engenharia genética mostrou resultados pré-clínicos promissores em cânceres hematológicos, tumores sólidos e infecções virais, mais eficazes e com menos efeitos colaterais que outras imunoterapias.

📺 Saiba mais no vídeo produzido pela TV Hemocentro RP.

“Por dentro da Pesquisa” aborda as telomeropatias e seus impactos na saúde celular

O Por dentro da Pesquisa está de volta! A série apresenta a palestra “Telomeropatias”, ministrada pelo Prof. Dr. Rodrigo T. Calado, docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), diretor-presidente executivo do Hemocentro de Ribeirão Preto e pesquisador principal do CTC-USP.

Os telômeros revestem as pontas dos cromossomos, onde está contido o DNA, e servem como uma proteção ao material genético. Estas estruturas atuam como se fossem o “relógio biológico” da célula. A cada divisão celular ocorre o encurtamento natural destes cromossomos.

Em pessoas com telomeropatia este processo acontece de forma acelerada, adiantando a morte celular. O resultado pode se manifestar em insuficiência da medula óssea, fibrose pulmonar e cirrose hepática. Não existe um tratamento específico para a doença, podendo em casos mais graves ser recomendado o transplante da medula óssea.

A série Por dentro da Pesquisa retoma aulas ministradas pelos nossos pesquisadores, com conceitos e experiências nas áreas de terapia celular, oncologia, genética, bioinformática, hematologia, dentre outras que compõem os estudos da Instituição.

Fique atento às novas edições! Os vídeos são publicados quinzenalmente, às sextas-feiras, nas mídias sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro RP.

Aline Oliveira: uma jornada de esperança com a inovadora terapia celular CAR-T

Como forma de apoiar e trazer esperança para os pacientes que estão passando pelo tratamento do câncer, a estudante Aline Luiz Oliveira gravou um depoimento sobre a terapia com as células CAR-T produzidas no Hemocentro de Ribeirão Preto.

Aline foi diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda de células B, em 2019. Natural de São Lourenço (MG), a jovem de 26 anos passou pelo tratamento convencional com quimioterapia, realizou o transplante de medula óssea com um doador 100% compatível, mas o câncer resistiu e voltou em 2021. Em fevereiro de 2022, ela recebeu ainda em caráter experimental a infusão das células CAR-T no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP).

Felizmente, Aline teve alta do hospital após 15 dias e voltou à vida normal. Hoje ela viaja com os amigos, pratica exercícios físicos, estuda e trabalha.

Clique aqui e saiba mais a respeito do Estudo Clínico do Hemocentro RP aprovado pela Anvisa e sobre a terapia com células CAR-T.

Conheça o Nutera de Ribeirão Preto!

A unidade do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera) de Ribeirão Preto será a responsável pela produção das células CAR-T utilizadas no Estudo Clínico para o tratamento da leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B, aprovado pela Anvisa.

Assista ao vídeo abaixo e conheça um pouco mais sobre a “Fábrica de Células”, sediada no Hemocentro de Ribeirão Preto.

Clique aqui para mais informações sobre o Estudo Clínico.

Anvisa aprova estudo clínico para o CAR-T, tratamento revolucionário de leucemia e linfoma

O Hemocentro de Ribeirão Preto foi escolhido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser o responsável pelo Estudo Clínico voltado ao tratamento de pacientes portadores de leucemia e linfoma, com o uso de células CAR-T. A aprovação foi divulgada na terça-feira, 26/09, pela autarquia responsável pela defesa da saúde dos brasileiros.

O Estudo Clínico de fase 1/2 vai incluir 81 pacientes com leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B, com o produto de células CAR-T desenvolvido no Hemocentro de Ribeirão Preto. A iniciativa será realizada gratuitamente em cinco hospitais do Estado de São Paulo, dentre eles o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

A parceria entre o Hemocentro de Ribeirão Preto, a USP e a Fundação Butantan, com o apoio de Instituições de fomento como a FAPESP e o CNPq, resultou na construção das duas unidades do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera), em Ribeirão Preto e São Paulo.

“Fábrica de células”

A “fábrica de células”, localizada no Hemocentro RP, já está em operação e será responsável por atender a demanda de participantes do Estudo Clínico e futuramente até 300 pacientes por ano.

O Nutera permite ampliar as operações de fabricação, atendendo à crescente demanda e mantendo um rigoroso controle de qualidade, operando em conformidade com as Boas Práticas de Fabricação (BPF).

Hemocentro RP pioneiro na terapia com células CAR-T

Há quase uma década, o Hemocentro RP ampliou o foco de atuação com a produção das células CAR-T. A pesquisa no combate ao câncer já tratou 15 pacientes com leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B e os resultados são muito superiores às terapias convencionais. O objetivo agora é desenvolver um produto nacional e disponível para o Sistema Único de Saúde (SUS).

A população encontra todas as orientações de como participar do Estudo Clínico e informações sobre a terapia com células CAR-T no site: hemocentro.fmrp.usp.br/terapia.

Jornal Nacional destaca evento internacional sobre células-tronco

Ribeirão Preto sediou na última semana o simpósio “From Concept to Clinic: Advances in Stem Cell Research”, organizado pela International Society for Stem Cell Research, um dos mais importantes congressos na área das células-tronco.

O trabalho do CTC-USP/Hemocentro de Ribeirão Preto ganhou destaque no Jornal Nacional, da Rede Globo, com o transplante de medula óssea para o tratamento da anemia falciforme. O procedimento que utiliza as células-tronco foi desenvolvido em parceria com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP e a Universidade de São Paulo.

O transplante de células-tronco hematopoiéticas (capazes de se diferenciar em todas as células do sangue) já é feito de graça em Ribeirão Preto, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A doença genética causa alterações nos glóbulos vermelhos (hemácias), tornando-os parecidos com uma foice, e está entre as mais prevalentes no Brasil (com alta taxa de mortalidade) e no mundo.

Clique na imagem para assistir a reportagem.

Disponível no SUS, transplante de medula óssea é alternativa para o tratamento da anemia falciforme

O Por dentro da Pesquisa apresenta a palestra “Transplante de medula óssea para tratamento da anemia falciforme”, ministrada pela Dra. Thalita Cristina de Mello Costa, médica assistente do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP).

A doença genética causa alterações nos glóbulos vermelhos (hemácias), tornando-os parecidos com uma foice, e está entre as mais prevalentes no Brasil (com alta taxa de mortalidade) e no mundo. Um dos tratamentos possíveis é o transplante de células-tronco hematopoiéticas (capazes de se diferenciar em todas as células do sangue), retiradas da medula óssea de um doador saudável.

Os pacientes sofrem com infecções recorrentes que são a maior causa de morbidade, principalmente entre crianças. Além da inflamação crônica acompanhada de episódios de dor, os portadores têm uma desregulação do sistema imunológico.

O transplante de medula óssea foi incluído no rol de procedimentos cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2015. Parte das evidências científicas que contribuíram para a incorporação do tratamento na rede pública foi produzida em trabalhos realizados no Centro de Terapia Celular (CTC-USP) e no Hemocentro de Ribeirão Preto.

O procedimento consiste em destruir com o uso de drogas quimioterápicas a medula óssea do paciente, que produz células sanguíneas defeituosas. Em seguida, são infundidas células-tronco da medula de um doador compatível para que seja criada uma nova fábrica de células sanguíneas sadias.

Fique atento às novas edições do Por dentro da Pesquisa! Os vídeos são publicados quinzenalmente, às sextas-feiras, nas mídias sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro RP.