Imunoterapia busca novos caminhos na batalha contra os tumores sólidos

Imunoterapia busca novos caminhos na batalha contra os tumores sólidos

O combate aos tumores sólidos ainda é um desafio a ser vencido pela terapia celular no enfrentamento do câncer. O trabalho defendido recentemente pela Dra. Rafaela Rossetti, apoiado pelo Laboratório de Transferência Gênica do Hemocentro de Ribeirão Preto, busca caminhos para esta batalha por meio dos linfócitos T modificados geneticamente.

A tese “Desenvolvimento de uma nova imunoterapia para tumores sólidos utilizando linfócitos T modificados geneticamente para expressar um TCR projetado anti-NY-ESO-1” foi orientada pelo Prof. Dr. Dimas Tadeu Covas e coorientada pelo Dr. Lucas Eduardo Botelho de Souza, no Programa de Pós-Graduação em Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia Celular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).

A terapia CAR-T anti-CD19 demonstrou importantes resultados no tratamento de neoplasias hematológicas, como a leucemia linfoide aguda de células B (LLA) e o linfoma não-Hodgkin de células B refratários. No entanto, a aplicação em tumores sólidos segue reduzida devido a diferentes fatores, sendo um deles a limitação quanto a antígenos tumorais localizados na superfície celular.

Ao contrário do CAR em sua estrutura convencional, o receptor de célula T (TCR) artificial consegue reconhecer também proteínas expressas no interior das células, o que amplia as opções de alvos terapêuticos e pode ser um fator promissor. A proteína intracelular NY-ESO-1, encontrada em diferentes tipos de tumores, é considerada um alvo importante neste tipo de terapia, pois pode gerar resposta imunológica e apresenta expressão restrita a tumores e órgãos imunoprivilegiados, que atuam de forma especial para evitar danos ao próprio órgão.

Saiba mais sobre os resultados e impacto deste estudo no vídeo abaixo produzido pela TV Hemocentro.

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