“Por dentro da Pesquisa” aborda, em série, os desafios e inovações sobre a doença falciforme

“Por dentro da Pesquisa” aborda, em série, os desafios e inovações sobre a doença falciforme

O Por dentro da Pesquisa apresenta uma série de três palestras com foco em dar relevância a um problema de saúde pública que afeta cerca de 100 mil brasileiros: a doença falciforme. A média de sobrevida é de apenas 40 anos, e o Ministério da Saúde estima que 4% da população seja portadora do traço falciforme no país.

A doença genética causa alterações nos glóbulos vermelhos (hemácias), tornando-os parecidos com uma foice. Os pacientes sofrem com infecções recorrentes, que representam a principal causa de morbidade, especialmente entre crianças. Além da inflamação crônica acompanhada de episódios de dor, os enfermos apresentam uma desregulação do sistema imunológico.

Os encontros vão mostrar iniciativas científicas desenvolvidas desde a bancada até a aplicação clínica, em parceria entre o Hemocentro de Ribeirão Preto, o CTC-USP e a USP. A primeira palestra é da biomédica Maria Luiza Arrojo e tem como título “Enxergando além do invisível: da pesquisa básica à realidade da doença falciforme”.

Durante o mestrado, a pesquisadora desenvolveu uma técnica inovadora e de baixo custo que permite analisar com precisão a presença de hemoglobina fetal (HbF) nos glóbulos vermelhos. A HbF é conhecida por indicar a gravidade da manifestação da doença, sendo que níveis mais elevados estão associados a um melhor curso clínico.

O trabalho representa um avanço na compreensão da doença genética e pode abrir novas perspectivas para terapias personalizadas e mais eficazes. O estudo foi orientado pelo Prof. Dr. Rodrigo Alexandre Panepucci, coordenador do Laboratório de Biologia Funcional do Hemocentro RP/CTC-USP, e integrou o Programa de Pós-Graduação em Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia Celular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).

Fique atento às próximas edições do Por dentro da Pesquisa! Os vídeos são publicados nas mídias sociais do CTC-USP e no canal do YouTube do Hemocentro RP.

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